quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dívida do Estado impede produtores de conseguir seguros de colheitas

Agricultores contestam ministério de Assunção Cristas por deixar as culturas sem seguros.

As companhias de seguros estão a recusar os seguros de colheitas dos produtores hortícolas porque o Estado mantém uma dívida de 65 milhões de euros às seguradoras. Esta dívida foi acumulada durante o governo anterior porque o compromisso superava o orçamentado anualmente. "Era financeiramente insustentável", refere a tutela.

A contestação vem agora dos produtores de tomate para Indústria, sector que representa, no final da fileira, um valor de facturação de 250 milhões (90% vem da exportação). Este sector contesta a política do ministério liderado por Assunção Cristas: "a dívida do Estado às seguradoras está a comprometer a execução de seguros de colheita", refere fonte do sector. "Pela primeira vez as companhias não querem fazer seguros junto de muitos produtores. Esta situação é inaceitável, pois o futuro do sector está em risco.

Se a produção nacional for atingida, na presente campanha, por uma tromba de água ou por granizo, os produtores não vão ter capacidade para continuar a sua actividade, apesar de termos os maiores e melhores produtores da Europa." Os agricultores sentem-se assim desprotegidos nas suas colheitas. "É uma vergonha a falta de importância que o Estado tem dado aos seguros de colheita. Até 2011, qualquer produtor podia contratar os seus seguros, apesar das limitações que estes apresentavam, o que não acontece em 2012, para os produtores de tomate de indústria, ao contrário de outros sectores, como vinha, cereais ou arroz".

Maria Teixeira Alves, 06/06/12 00:05, economico.sapo.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário